Santa Inês não vive apenas a crise da corrupção em sua prefeitura — vive também o impasse e a omissão da sua própria Câmara Municipal, que, até o momento, não teve a coragem sequer de acionar o mecanismo constitucional que poderia afastar imediatamente o prefeito Felipe dos Pneus do cargo. Um sinal claro de conivência que permite a perpetuação de um governo marcado por corrupção, desvio de recursos e enganação da população.
A Inanição da Câmara: Um Descaso Inaceitável
Apesar das provas contundentes apresentadas pelo Ministério Público e do fato de Felipe dos Pneus já ter sido tornado réu em esquema criminoso que desviou cerca de R$ 55 milhões em verbas públicas, os vereadores de Santa Inês não se mexem. Eles possuem, sim, todos os argumentos jurídicos, constitucionais, morais e éticos para pedir o afastamento imediato do prefeito. No entanto, preferem a inanição.
Essa omissão tem graves consequências: a permanência do prefeito no comando da cidade permite que ele continue a agir livremente, com suas práticas nefastas, enganando o povo com obras eleitoreiras de fachada e manobras políticas para se perpetuar no poder. A Câmara parece mais uma aliada do golpe do que um órgão fiscalizador comprometido com os interesses da população.
Como apontou o Ministério Público do Maranhão, "o esquema envolvia fraudes nas licitações, desvio milionário de recursos públicos e lavagem de dinheiro, com o prefeito chefiando a organização criminosa“.
Por Que Felipe dos Pneus Deve Ser Afastado?
Graves denúncias criminais: Fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, com provas robustas e processo judicial em curso.
Desvio de R$ 55 milhões: Valores que fariam a diferença na saúde, educação e infraestrutura da cidade, desviados para esquemas ilícitos.
Impacto direto na população: Faltam insumos básicos nos hospitais, e os serviços essenciais estão comprometidos.
Urgência na moralização administrativa: A permanência do prefeito é uma afronta à moralidade pública e ao princípio da administração transparente.
Segundo o Ministério Público, "os recursos faltaram na saúde e em serviços básicos enquanto o esquema desviava milhões às custas do sofrimento da população".
A Conivência e a Culpa da Câmara
Mais grave do que a denúncia contra Felipe dos Pneus é a postura da Câmara Municipal ao permitir que ele continue no cargo mesmo sob essa avalanche de acusações. Pior: há articulações claras nos bastidores para que seja realizada uma eleição antecipada para a presidência da Casa Legislativa, com vistas a colocar um representante dos interesses do prefeito à frente da Câmara.
Esse novo presidente servirá para barrar investidas contra o prefeito e garantir a reeleição de Felipe dos Pneus, em uma manobra que ameaça a democracia local e torna a Câmara cúmplice de seus desmandos.
Apesar de o pleito ter sido adiado temporariamente, fontes locais indicam que a articulação prossegue secretamente, sinalizando que a Câmara não pretende cumprir seu papel fiscalizador e deixar a cidade sob o jugo desse grupo político.
Santa Inês vive hoje uma situação lamentável: um prefeito réu por corrupção que permanece no cargo graças à inanição da Câmara Municipal, que se torna coautora da crise ao agir mais como defensora do poder que a população do que guardiã do patrimônio público.
A responsabilidade pela continuidade desse cenário caótico é da Câmara, que precisa urgentemente escolher entre cumprir seu dever constitucional ou se eternizar como um espectador cúmplice das práticas nefastas que empobrecem e prejudicam Santa Inês.
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