sábado, 15 de novembro de 2025

Corregedor do CNJ registra punição máxima para juízes e desembargadores do TJMA( Tribunal de justiça do Maranhão) de até 12 anos.


O recente registro do Corregedor Nacional de Justiça, que estabeleceu parâmetro de até 12 anos de reclusão para desembargadores e juízes vinculados ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) acusados de crimes graves, reacende um debate incômodo: qual é a diferença entre o criminoso comum e aquele que opera as leis?  

Enquanto o cidadão comum, ao cometer delitos, enfrenta a dura realidade do sistema prisional, magistrados flagrados em práticas ilícitas frequentemente recebem como “punição” a aposentadoria compulsória — uma medida que, na prática, funciona mais como prêmio do que como sanção. Recebem salários integrais ou proporcionais, garantem estabilidade financeira e ainda preservam prestígio social.  

O contraste entre justiça e privilégio;
- Criminoso comum: perde liberdade, direitos políticos e enfrenta estigma social.  
- Criminoso togado: muitas vezes mantém renda vitalícia, não enfrenta cárcere imediato e pode continuar influenciando o meio jurídico, seja como professor, advogado ou consultor.  

Esse contraste gera uma percepção de dois sistemas de justiça paralelos: um severo para o povo e outro complacente para quem deveria ser guardião da lei.

Casos históricos mostram magistrados e membros do Ministério Público punidos apenas com aposentadoria compulsória após denúncias de corrupção, venda de sentenças ou favorecimento ilícito. Em vez de serem afastados definitivamente da esfera jurídica, muitos continuam lecionando em universidades, advogando ou participando de bancas de concursos.  

Essa prática desvirtua o conceito de justiça: ao invés de reparar o dano social, perpetua a influência de quem já demonstrou desprezo pelas normas que deveria defender.

Um sistema verdadeiramente justo exigiria:  
- Condenação penal efetiva, com cumprimento de pena em regime compatível com a gravidade do crime.  
- Impedimento definitivo de atuar na área jurídica, seja como advogado, professor ou consultor.  
- Perda de benefícios previdenciários vinculados ao cargo, evitando que a aposentadoria compulsória se torne um prêmio.  

A sociedade precisa questionar: por que aceitamos que quem deveria ser exemplo receba privilégios quando comete crimes? A aposentadoria compulsória, nesses casos, é um insulto à ideia de justiça. Se o cidadão comum é punido com rigor, o magistrado corrupto deveria ser punido com ainda mais severidade, pois traiu não apenas a lei, mas a confiança pública.  

Essa discussão não é apenas sobre o TJMA, mas sobre a credibilidade de todo o sistema judiciário brasileiro. Justiça que premia criminosos togados não é justiça — é conivência institucional.  

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Felipe dos pneus em Santa Inês , Crônica de um escândalo anunciado.

 

O julgamento de Felipe dos Pneus, marcado para 3 de novembro de 2025, é o ápice de uma trajetória política marcada por escândalos, investigações e uma confiança que beira o deboche institucional. A Justiça agora se aproxima com o peso da Operação Tríade e o eco de outras condenações pelo país.

Santa Inês, em outros tempos  terra de promessas e pneus remendados, agora se vê no epicentro de um terremoto político que sacode os alicerces da moral pública. Felipe Carvalho, o popular “Felipe dos Pneus”, que já foi símbolo de renovação, hoje é réu — e não está só. A Justiça do Maranhão, contrariando os sorrisos de bastidores e os cochichos de corredores, remarcou para o dia 3 de novembro o julgamento do prefeito e mais 13 nomes que orbitam sua gestão como satélites de um sistema solar corrompido são eles:

 Thalihina Rodrigues de Carvalho (irmã do prefeito); Antônio Barbosa de Carvalho (pai do prefeito);,  Welker Carlos Rolim; Antônio Francisco Rocha de Abreu; Janete de Macedo Moreira; Talita Abreu de Almeida; Renato Serra Trinta Abreu; João Gilberto do Carmo Dias Filho; Liliane Gatinho Viana; Thais Abreu Melo Martins Costa; Lya Fernanda Costa Alves; Antônio José de Magalhães Neto e Samuel Martins Costa Filho.

A denúncia, acolhida pelo Ministério Público, é robusta: R$ 55 milhões desviados, segundo a Operação Tríade, que vasculhou contratos, licitações e até caixas de descarga — onde, aliás, repousava um celular que talvez contivesse mais segredos do que o próprio Palácio dos Leões.

Felipe, que já foi afastado duas vezes do cargo, parece ter aprendido mais com os retornos do que com os afastamentos. Em conversas com aliados — íntimos demais para guardar segredos e discretos de menos para evitar escutas — teria dito que “não teme a Justiça, pois sabe como lidar com ela”. A frase, que poderia figurar em um manual de cinismo político, revela uma confiança que não se sustenta mais no Maranhão pós-Operação 18 Minutos, aquela que expôs as vísceras do Judiciário estadual em agosto de 2024.

Felipe não é o primeiro a cair na armadilha da própria arrogância. Em 2021, o ex-prefeito de Anajatuba, Helder Aragão, foi condenado por desvios semelhantes, após a Operação Attalea. Em Bacabal, José Alberto Veloso também enfrentou a Justiça por contratos fantasmas. Ambos foram afastados, julgados e condenados. A diferença? Nenhum deles ousou esconder um celular na privada.

A lista de réus inclui a irmã, o pai, e uma constelação de nomes que, se fossem personagens de novela, dariam à trama o título de “Os 55 milhões de Santa Inês”. Peculato, lavagem de dinheiro, fraudes em licitação — o cardápio é extenso e indigesto. Empresas de fachada, contratos superfaturados e uma gestão que parece ter confundido o erário com um caixa pessoal.

Felipe dos Pneus talvez ainda acredite que o Judiciário é uma borracharia onde tudo se resolve com um bom alinhamento. Mas o momento é outro. A Justiça, embora lenta, tem mostrado que não é mais terreno de manobras silenciosas. E como diria o saudoso  jornalista  Carlos Castello Branco  ícone do jornalismo e do comentário político : “A política é a arte de enganar com elegância, mas a Justiça, quando quer, é a arte de desmascarar com precisão.”

O julgamento se aproxima. E como já se disse nos sertões: quem for mourão podre que caia e derrube a cerca. Santa Inês aguarda. O Brasil observa.

sábado, 25 de outubro de 2025

Maranhão em Chamas: Facções, Corrupção e o Silêncio do Poder.

Enquanto a população do Maranhão vive sob o som de tiros e o medo constante de sair às ruas, nos gabinetes das prefeituras e do parlamento estadual maranhenses,  desvios de emendas são  negociados e contratos milionários são assinados com empresas investigadas por corrupção. A violência  e os esquemas de desvio de recursos públicos parecem caminhar lado a lado, alimentando um ciclo de impunidade e desespero. Esta reportagem revela como o Maranhão se tornou palco de uma guerra silenciosa entre facções e políticos — e como a sociedade paga o preço.
Enquanto a população maranhense enfrenta mais uma escalada de violência sem precedentes — com facções criminosas disputando território, impondo toque de recolher e aterrorizando municípios e suas comunidades — uma outra guerra silenciosa corrói os cofres públicos: a corrupção institucionalizada. Em meio ao caos, surgem denúncias que ligam diretamente prefeituras, políticos e empresas a esquemas milionários de desvio de recursos públicos. O que se vê é um estado sitiado por dois tipos de facções: as que empunham fuzis e as que usam gravatas.
 Santa Inês: o epicentro de um escândalo familiar:
No município de Santa Inês, a administração já é alvo de diversos processos judiciais. O atual prefeito, Felipe dos Pneus, figura entre os investigados por crimes contra o patrimônio público e o erário. A situação se agravou com a revelação de que ele, seu pai, sua irmã e mais onze pessoas se tornaram réus em um processo que apura a existência de uma organização criminosa. Segundo o Ministério Público, o grupo teria desviado milhões de reais dos cofres públicos, utilizando contratos fraudulentos e empresas de fachada para lavar o dinheiro.
As investigações, conduzidas pelo GAECO, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Estadual, apontam para um esquema sofisticado que se estende por diversas áreas da administração municipal. Enquanto isso, a população amarga os efeitos da má gestão: saúde precária, escolas sucateadas e insegurança generalizada , mesmo que prefeitura e sua mídia da prefeitura  maquiar.
 Santa Luzia do Tide: o rastro das emendas:
Em Santa Luzia do Tide, o atual prefeito Jucelino Marreca, ex-deputado estadual até o fim de 2024, também está no centro de uma tempestade política. Seu nome aparece em uma lista de parlamentares suspeitos de envolvimento em desvios de verbas de emendas parlamentares. Mesmo após deixar a assembleia legislativa, algumas de suas indicações continuam ativas, levantando suspeitas sobre a continuidade de práticas ilícitas por meio de contratos com empresas investigadas.
A teia da “Mais Saúde”
Ambos os municípios mantêm contratos com a empresa Mais Saúde, que se tornou sinônimo de escândalo no estado. Investigada por tribunais de contas, Polícia Federal e GAECO, a empresa acumula processos judiciais e prisões de seus representantes, sendo apontada como peça-chave em esquemas de superfaturamento e desvio de recursos em diversas prefeituras maranhenses.

Segundo as investigações, a Mais Saúde vai além da simples prestação de serviços: ela seria utilizada como instrumento para escoar recursos públicos por meio de contratos simulados, notas fiscais frias e serviços não prestados. A recorrência de seu nome em diferentes municípios levanta a suspeita de um esquema coordenado de corrupção com ramificações políticas e empresariais.

Facções com fuzis, facções com gravatas
A violência que assombra os bairros e comunidades  maranhenses e a corrupção que saqueia os cofres públicos são faces de uma mesma moeda: organizações criminosas que operam com métodos distintos, mas com objetivos idênticos — o poder e o dinheiro.

Enquanto uma facção impõe o medo com armas em punho, a outra se esconde atrás de cargos públicos, licitações fraudulentas e emendas parlamentares manipuladas. Ambas operam em rede, com hierarquia, divisão de tarefas e blindagem jurídica. Ambas exploram a vulnerabilidade da população e se alimentam da ausência do Estado — ou pior, da sua conivência.

Nos gabinetes, os criminosos usam terno, têm mandatos e assinam contratos com empresas como a Mais Saúde. Nas ruas, os criminosos sem gravata queimam ônibus e desafiam a polícia. Mas no fundo, não há diferença entre o delinquente que empunha um fuzil e o que manipula uma planilha de orçamento público para roubar o povo, a não ser a de que um é cria das ações do outro.

Em alguns casos, as fronteiras entre essas duas facções se dissolvem. Há indícios de que recursos desviados por políticos e servidores públicos financiam atividades criminosas nas mãos variadas camadas da sociedade, criando um ciclo de violência e corrupção que se retroalimenta. O Estado, que deveria proteger, se torna cúmplice — seja por omissão, seja por participação direta.
Além deste casos dos municípios e políticos citados vários outros estão orbitando na esfera da criminalidade das organizações criminosas no estado ocasionando engarrafamento e muito trabalho para o judiciário.
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domingo, 19 de outubro de 2025

Corrupção, Subserviência e Conivência: O Colapso da Câmara de Vereadores de Santa Inês (MA).



O legislativo brasileiro vive uma crise profunda e persistente. Em todas as esferas — nacional, estadual e municipal — a representação política parece ter perdido o vínculo com os interesses da sociedade. A Câmara de Vereadores de Santa Inês, no Maranhão, é um exemplo emblemático dessa degradação institucional. O que deveria ser a “casa do povo” transformou-se num palco de escândalos, omissões e alianças suspeitas, onde o interesse público foi substituído por práticas que afrontam a ética e a legalidade.
 Parlamento em Ruínas a Câmara de Santa Inês abriga figuras que, longe de representar os cidadãos, acumulam denúncias e processos judiciais. Entre os nomes citados estão o presidente da casa, Joel Oliveira de Araújo — conhecido como Joel da Sinuca — e a vereadora Maria Rita Bacelar. Ambos enfrentam investigações por envolvimento em esquemas de corrupção e desvio de recursos públicos. A gestão de Joel já ultrapassou R$ 3,1 milhões em gastos apenas em 2025, sem que haja transparência ou justificativa clara para tais despesas.
A Subserviência ao Executivo:
A Câmara, que deveria fiscalizar o Executivo, tornou-se cúmplice da gestão do prefeito Felipe dos Pneus. Investigado por comandar uma organização criminosa que saqueou os cofres públicos, o prefeito já foi tornado réu em diversos processos. Mesmo diante de acusações graves, os vereadores permanecem inertes, como se estivessem amordaçados por interesses escusos. A ausência de reação institucional revela uma cultura de subserviência que compromete a autonomia do legislativo municipal.
Incentivadora de Fantasmas na Política, Maria Rita Bacelar, além das acusações de corrupção, é citada em denúncias que envolvem uso indevido da máquina pública e manutenção de funcionários fantasmas. Tais práticas violam não apenas o regimento interno da Câmara, mas também a Constituição e o Código Civil. Outros parlamentares também têm seus mandatos questionados judicialmente, o que levanta dúvidas sobre a legitimidade da atuação legislativa em Santa Inês.
No Carnaval de Máscaras o vereador Danilo, líder do governo municipal, é apontado como um dos mais subservientes. Sua atuação é marcada pela bajulação e pela defesa incondicional do prefeito, mesmo diante de evidências de má gestão. A Câmara, descrita por muitos como um “salão de carnaval de máscaras”, parece ter perdido completamente sua função institucional. A metáfora não é exagerada: o parlamento virou um espetáculo onde a ética é figurante e o interesse público, um mero adereço.
Já no Poder dos Bastidores o ex-prefeito Roberh Bringel, embora fora do cargo, ainda exerce influência sobre a Câmara. Vereadores como Moisés e Eliane Lira, estes deve enumeros favores a Bringel, são apontados como aliados diretos de Bringel, o que reforça a ideia de que o poder real não está nas urnas, mas nos bastidores. Essa articulação paralela mina a democracia e perpetua práticas que deveriam ter sido extirpadas da política local.
Sendo um Parlamento Sem Voz a Câmara de Santa Inês está longe de cumprir seu papel constitucional. Em vez de legislar e fiscalizar, tornou-se um espaço de conivência, silêncio e omissão. A população, que deveria ser o centro das decisões, é ignorada em nome de interesses privados e alianças obscuras. O resultado é um legislativo desacreditado, que não representa, não fiscaliza e não transforma.

Santa Inês merece mais. Merece um parlamento que honre sua função, que defenda o interesse público e que seja exemplo de integridade. Enquanto isso não acontece, a Câmara continuará sendo o retrato fiel daquilo que a política não deveria ser: um carnaval de máscaras onde a verdade é sempre a última a entrar em cena.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Maria Rita Bacelar e o Mandato de Vereadora em Santa Inês Por Um Fio.


Maria Rita Bacelar e o Mandato de Schrodinger: Está Eleito, Mas Pode Não Estar

Santa Inês, outrora conhecida por suas festas juninas e disputas de sinuca no bar do Joel, agora figura no mapa jurídico-eleitoral graças à saga da vereadora Maria Rita Bacelar — uma personagem que parece ter saído diretamente de um roteiro de realismo fantástico, onde o mandato é simultaneamente legítimo e suspeito, dependendo do dia da semana e da disposição do Ministério Público.

Eleita na onda do “cala a boca e vota”, Maria Rita Bacelar não é novata nos corredores da Justiça. Seu nome já figura em processos por corrupção e desvio de verba pública, e sua trajetória política é marcada por uma sequência de quedas e reerguimentos digna de novela das oito. A mais recente reviravolta envolve uma ação de impugnação de mandato eletivo, inicialmente proposta por Reginaldo Oliveira Evangelista, que alegou fraude na cota de gênero praticada pelo PRTB — partido que, ironicamente, parece ter mais afinidade com a engenharia de candidaturas do que com a renovação trabalhista.

O autor da ação, num movimento digno de um personagem secundário que some no segundo ato, desistiu misteriosamente. Mas como o enredo é de interesse público, o Ministério Público Eleitoral assumiu o papel de protagonista jurídico, solicitando documentos e ofícios à 57ª Zona Eleitoral para preencher lacunas que podem comprometer a legalidade da diplomação da vereadora.

Segundo fontes próximas — aquelas que sempre aparecem quando o caldo engrossa — Maria Rita teria investido mais de R$ 1.200.000,00 em sua campanha, valor que levanta suspeitas sobre a origem dos recursos. Aliada de figuras como Felipe dos Pneus e Joel da Sinuca, ela é apontada como uma das favoritas para assumir a presidência da Câmara, caso o roteiro siga o plano original.

 Análise Jurídico-Política: Quando o Mandato Vira Réu

Se as alegações forem confirmadas e a fraude na cota de gênero for provada, o mandato de Maria Rita Bacelar poderá ser cassado com base na *Lei Complementar nº 64/90*, que trata das inelegibilidades e das ações de impugnação de mandato eletivo. A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral é clara: candidaturas fictícias para cumprir cota de gênero configuram fraude e atentam contra a legitimidade do processo eleitoral.

Além disso, o envolvimento do Ministério Público reforça o caráter público da ação, o que significa que mesmo com a desistência do autor original, o processo segue seu curso. Se confirmadas as irregularidades, não apenas o mandato será cassado, como poderá haver responsabilização criminal e eleitoral, incluindo inelegibilidade por oito anos.

O Fim da Novela?

Caso tudo seja provado, Maria Rita Bacelar deixará de ser apenas uma personagem controversa para se tornar um exemplo jurídico de como a Justiça Eleitoral pode — e deve — agir diante de fraudes. A cassação do mandato, a devolução de recursos e a inelegibilidade futura seriam os desfechos esperados por quem ainda acredita que a política deve ser feita com ética e respeito às regras.

Mas como toda boa novela, ainda há espaço para reviravoltas. Resta saber se Santa Inês assistirá ao último capítulo com pipoca ou com indignação.


quinta-feira, 16 de outubro de 2025

JUSTIÇA BLOQUEIA R$ 1,7 MILHÃO DAS CONTAS DA PREFEITURA DE SANTA INÊS .


Santa Inês sob pressão judicial: Justiça bloqueia R$ 1,7 milhão por descumprimento ambiental.


Santa Inês, município maranhense com pouco mais de 80 mil habitantes, tornou-se o epicentro de uma batalha judicial que escancara o descaso histórico com a gestão de resíduos sólidos no Brasil. Após anos de omissão, a Justiça decidiu agir com firmeza: bloqueou R$ 1,7 milhão das contas públicas da cidade por descumprimento reiterado de sentença que determinava a desativação do lixão conhecido como “Aterro do Barradiço”.

A medida é parte de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA), que exige do município a implementação do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos — instrumento previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e ignorado por sucessivas administrações locais.

Um histórico de negligência;
Segundo documentos obtidos pela reportagem, o município foi intimado diversas vezes a apresentar um cronograma ou proposta concreta para cumprir a sentença. Em todas as ocasiões, permaneceu inerte. Essa postura levou a Justiça a aplicar uma multa cominatória — penalidade financeira imposta para forçar o cumprimento de uma obrigação — que já acumula R$ 3,4 milhões até março de 2025.

A contabilidade judicial, feita pela Contadoria do Tribunal, revela um padrão de resistência injustificada por parte da administração municipal. Diante disso, o MPMA solicitou medidas coercitivas drásticas: bloqueio judicial das contas públicas, suspensão de festividades e publicidade institucional, e destinação dos recursos ao Fundo Estadual de Proteção dos Direitos Difusos.

 Decisão judicial: firmeza e parcialidade:
A juíza responsável pelo caso deferiu parcialmente os pedidos do Ministério Público. Determinou o bloqueio de 50% do valor da multa — R$ 1,7 milhão — por meio do sistema SISBAJUD, que permite o bloqueio eletrônico de ativos financeiros. Caso o município continue descumprindo a sentença, o restante da multa poderá ser bloqueado.

A fundamentação da decisão está ancorada nos artigos 139, IV; 536; e 537 do Código de Processo Civil, que autorizam o juiz a adotar medidas coercitivas para garantir o cumprimento da sentença, inclusive contra a Fazenda Pública. O artigo 139, IV, em especial, legitima o uso de meios necessários para assegurar a efetividade da decisão judicial, quando há resistência injustificada.

 O que está em jogo:
O “Aterro do Barradiço” não é apenas um problema local. Ele representa um símbolo da falência da política ambiental em centenas de municípios brasileiros que ainda mantêm lixões a céu aberto, em flagrante violação à legislação federal. Além dos impactos ambientais — contaminação do solo, lençóis freáticos e proliferação de vetores de doenças — há também o desrespeito à dignidade humana de catadores que trabalham em condições insalubres.

A decisão judicial em Santa Inês pode inaugurar uma nova fase de responsabilização institucional. Ao impor sanções financeiras e limitar o uso de recursos públicos para festas e publicidade, o Judiciário sinaliza que o tempo da impunidade administrativa pode estar chegando ao fim.

Um precedente necessário;
Especialistas em direito ambiental e políticas públicas ouvidos pela reportagem apontam que o caso de Santa Inês pode servir de precedente para outras ações semelhantes em municípios que ignoram suas obrigações legais. A aplicação de medidas coercitivas contra entes públicos, embora polêmica, é vista como necessária diante da inércia administrativa.

Enquanto isso, os moradores de Santa Inês seguem convivendo com os impactos do lixão, à espera de que a Justiça não apenas puna, mas também obrigue o município a cumprir o que deveria ser básico: garantir um ambiente saudável e digno para sua população.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Entre a Honra e a Servidão: O Vice-Prefeito como Espelho Moral da Política em Santa Inês.


O vice-prefeito: figura decorativa ou guardião da ética pública?
Nos corredores abafados da política municipal, onde os holofotes raramente alcançam os bastidores, a figura do vice-prefeito permanece envolta em sombras. Em tempos de estabilidade, é tratado como peça de reposição, um adereço institucional. Mas quando a crise bate à porta e o titular do Executivo é afastado, o vice se torna protagonista — e é nesse momento que se revela o caráter, ou a ausência dele.

Santa Inês, cidade marcada por ciclos de promessas e rupturas, oferece dois exemplos antagônicos que merecem análise crítica: Sirino Rodrigues e Felipe Bringel. Ambos ocupou ou ocupa a vice-prefeitura, mas com posturas diametralmente opostas — uma lição viva sobre o papel que esse cargo pode desempenhar na defesa ou na degradação da coisa pública.

Sirino Rodrigues: o vice que ousou governar com dignidade:
Sirino Rodrigues não apenas assumiu a prefeitura em um momento de caos institucional — ele enfrentou o monstro. Ao herdar uma máquina pública inchada, contaminada por vícios eleitorais e suspeitas de corrupção, Sirino não se acovardou. Em vez de se acomodar na cadeira do poder, ele a usou como trincheira contra os desmandos que encontrou.

Sua gestão interina foi marcada por medidas duras, mas necessárias: enfrentamento de irregularidades, revisão de contratos, corte de privilégios e uma tentativa genuína de devolver à população um mínimo de decência administrativa. O preço? O rompimento com o grupo político dominante e o isolamento institucional. Sirino escolheu a integridade — e pagou por ela.

Felipe Bringel: o vice que se ajoelhou diante do poder:
Em contraste gritante, Felipe Bringel representa o arquétipo do vice submisso, não ao povo, mas aos interesses familiares e oligárquicos. Herdeiro político de Roberth e Vianey Bringel — nomes que figuram em processos judiciais por desvio de recursos — Felipe optou por ser cúmplice, não fiscal. Mesmo diante de denúncias graves contra o atual prefeito, incluindo investigações por organização criminosa e episódios grotescos como o famoso “celular na privada”, Bringel manten-se fiel ao gestor.

Essa fidelidade não é virtude — é servidão. É a renúncia voluntária ao papel constitucional de equilíbrio e fiscalização. Felipe Bringel não apenas ignora os sinais de corrupção; ele os abraça como parte de um projeto político que visa perpetuar o domínio de um clã sobre os destinos de Santa Inês. Sua imagem de bom moço, antes cultivada entre a classe média, hoje se desfaz diante da conivência e da omissão.
o vice-prefeito como termômetro moral da gestão:
A comparação entre Sirino Rodrigues e Felipe Bringel revela mais do que trajetórias individuais — expõe a fragilidade institucional de um cargo que deveria ser guardião da legalidade e da ética. O vice-prefeito não é apenas um substituto eventual; é um espelho moral da administração. Quando esse espelho reflete coragem e compromisso, como no caso de Sirino, a democracia local respira. Quando reflete submissão e oportunismo, como em Bringel, ela sufoca.

Santa Inês precisa urgentemente repensar o papel de seus líderes. O eleitorado não pode continuar ignorando os bastidores da política, onde se decide o futuro da cidade. O vice-prefeito não pode ser apenas um nome na urna — deve ser um compromisso público com a verdade, a justiça e o povo.

A história julgará. E ela costuma ser implacável com os que traem o interesse coletivo.


quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Tacadas tortas e promessas furadas: Joel da sinuca e Felipe dos pneus jogando contra o povo de Santa Inês.


Santa Inês vive um momento político de instabilidade que lembra mais uma mesa de sinuca desregulada do que um jogo limpo de governança. No centro do tabuleiro, estão o presidente da Câmara, Joel da Sinuca, e seu sobrinho, o prefeito — ambos enfrentando não apenas a desaprovação popular, mas também reveses cada vez mais concretos no campo jurídico.

As dificuldades vão além da gestão ineficiente: há denúncias sobre o uso da máquina pública para beneficiar familiares e manter um círculo íntimo de assessores cuja qualificação é, no mínimo, questionável. Mas o que parecia ser apenas mais um capítulo do “vale tudo” político local ganhou contornos jurídicos sérios — e definitivos.
 Em decisão recente, o Tribunal desmontou os argumentos do grupo político ao reconhecer que o recurso apresentado era, na verdade, uma tentativa mal disfarçada de revisar fatos já julgados, contrariando diretamente a Súmula nº 24 do TSE. O pedido foi classificado como “mero inconformismo”, uma expressão elegante para dizer: “não aceitou perder e tentou empurrar com a barriga”.

Além disso, a corte identificou cerceamento de defesa, anulou a sentença anterior e exigiu nova instrução processual, reforçando que a pressa em julgar sem ouvir testemunhas prejudicou o processo. O julgamento relâmpago, aparentemente, buscava um atalho — mas acabou levando os autores direto ao beco jurídico sem saída.

No meio disso tudo, o cenário político se agrava: Joel da Sinuca perde força nos tribunais e apoio nos bastidores, enquanto o Sobrinho prefeito assiste ao derretimento gradual da base que o sustenta. A permanência de ambos no jogo se torna cada vez mais incerta.

O povo de Santa Inês acompanha o desfecho como espectador de um teatro repetido: parentes no poder, decisões duvidosas, derrotas jurídicas e, claro, o velho jogo de empurra que insiste em colocar interesses pessoais acima do interesse público.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Santa Inês Sob Sequestro: A Engenharia do Poder em Uma Cidade Refém da Própria Gestão

Santa Inês, Maranhão —  hoje vive sob o domínio de uma gestão que continua a transformar o serviço público em moeda de troca  , é, palco de disputas internas e alvo de investigações milionárias.

Nos últimos três anos, a administração municipal de Santa Inês tem operado sob uma lógica de captura institucional. A máquina pública foi dilapidada e reconfigurada para atender aos interesses políticos do prefeito Felipe dos Pneus (PP), que, em sua corrida pela reeleição e pela perpetuação de seu grupo no poder, converteu cargos públicos em favores eleitorais.

A estrutura administrativa foi fatiada com precisão cirúrgica. Cargos comissionados, assessorias e contratações temporárias foram distribuídos entre aliados, cabos eleitorais e grupos políticos que orbitam o núcleo do poder. A meta era clara: garantir uma Câmara de Vereadores servil e consolidar um projeto de poder — que incluiua reeleição  do prefeito e a candidatura da esposa do prefeito.

Contratações sem qualquer critério técnico se tornaram rotina. Profissionais foram alocados em funções sem relação com suas qualificações, enquanto concursados aprovados em 2019 permanecem à espera de nomeação. O concurso, homologado em julho de 2020, foi ignorado em favor de vínculos precários e politicamente convenientes.
Em resposta à ação do Ministério Público, a juíza Ivna Melo Freire determinou a exoneração imediata de todos os servidores temporários contratados irregularmente. A decisão abrange médicos, enfermeiros, odontólogos, farmacêuticos, motoristas, vigias, assistentes sociais, psicólogos, técnicos de enfermagem, auxiliares de consultório dental e outros profissionais que ocupam cargos sem respaldo legal.

A magistrada foi enfática: o direito dos concursados dentro do número de vagas é garantido constitucionalmente. A contratação temporária, segundo ela, não pode ser regra — apenas exceção, e devidamente justificada. A prefeitura não apresentou provas de processos seletivos simplificados nem justificativas para ignorar os concursados.

Felipe dos Pneus tem 30 dias cumprir a decisão. Em caso de descumprimento, o município e o gestor estarão sujeitos a multa diária de R$ 5 mil, acumulável até a efetivação das medidas.

A retirada do portal do ar em 2023 dificultou o acesso da população às informações sobre gastos públicos, vínculos de servidores e execução orçamentária — um golpe direto no no controle social.
Felipe dos Pneus já foi alvo de três operações sendo elas da Polícia Federal e Gaeco  . Estás apontam o prefeito como líder de uma organização criminosa que teria desviado recursos dos cofres públicos.

Após ser afastado e reconduzido ao cargo por duas vezes, o prefeito tentou colocar as investigações sob sigilo — tentativa frustrada pela desembargadora Sônia Amaral Fernandes Ribeiro. A decisão reforçou que os fatos são de interesse público e não podem ser ocultadas. Em uma dessas investigações o prefeito já é reu por formação de quadrilha entre outros crimes assim como dois membros da família, seu pai e irmã, e, mais onze outros envolvidos.

 Se não  bastasse ele ainda, de forma não publica , enfrenta uma disputa interna no projeto de sucessão da presidência na câmara de vereadores. Nos bastidores, a tensão é crescente. OS dois grupos políticos  o  do ex prefeito Bringel e do atual prefeito Felipe dos pneus, que até então estão em uma única caixa,  disputam espaço na estrutura de poder, enquanto contratados em negociações eleitorais temem pelo futuro. A dúvida que paira é: o prefeito cumprirá a decisão judicial ou seguirá apostando na impunidade?

Fontes revelam que Felipe dos Pneus não tem economizado recursos públicos, promessas  ou cargos para viabilizar a candidatura de sua esposa. O projeto  familiar avança, mesmo diante do colapso institucional e da pressão judicial.

 A população, os  concursados e os órgãos de controle aguardam  cumprimento da determinação judicial 

Porque Santa Inês não pertence a um grupo político — pertence ao seu povo.

domingo, 21 de setembro de 2025

Identidade trocada por influência: esquema político em Santa Inês transforma serviço público em moeda eleitoral.


Santa Inês (MA) — Em meio à alta demanda por emissão de carteiras de identidade (RG), o município de Santa Inês se vê mergulhado em um escândalo que expõe o uso indevido da máquina pública para fins eleitorais e pessoais. Segundo denúncias amplamente divulgadas nas redes sociais e confirmadas por relatos de moradores, o prefeito Felipe dos Pneus teria transformado o serviço público de emissão de documentos em um sistema de favorecimento político, distribuindo senhas de atendimento conforme o grau de influência de seus aliados.

 O esquema: identidade como moeda de troca
Funcionários do Procon, órgão responsável pela emissão dos RGs, estariam condicionando o atendimento à posse de senhas previamente distribuídas por vereadores, cabos eleitorais e lideranças políticas ligadas ao prefeito. A distribuição dessas senhas, segundo fontes locais, segue uma hierarquia informal: quanto maior a proximidade com o chefe do Executivo, maior o número de senhas disponíveis.

Em bairros periféricos, já se sabe “quem procurar” para conseguir o documento. Na Câmara Municipal, os vereadores que participam da distribuição são conhecidos e atuam como intermediários entre o cidadão e o serviço público. A prática, segundo juristas consultados, configura grave violação dos princípios constitucionais da impessoalidade, moralidade e eficiência na administração pública.

A conduta descrita pode configurar diversos crimes e infrações administrativas:
Crime/Infração DescriçãoPena prevista Base legal Improbidade administrativa Uso da máquina pública para fins pessoais ou eleitorais Perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, multa civil Lei nº 8.429/1992 Abuso de poder político Favorecimento de aliados em troca de apoio eleitoral Cassação de mandato, inelegibilidade Lei Complementar nº 64/1990Corrupção ativa/passiva Troca de favores por apoio político ou votos Reclusão de 2 a 12 anos Código Penal, art. 317 e 333 Prevaricação Funcionário público que retarda ou deixa de praticar ato de ofícioDetenção de 3 meses a 1 anoCódigo Penal, art. 319Violação de princípios constitucionais Quebra da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência Sanções administrativas e judiciaisConstituição Federal, art. 37 Direitos violados

A Constituição Federal garante a todos os cidadãos o direito ao acesso igualitário aos serviços públicos. O artigo 5º, inciso XXXIV, assegura o direito de petição e obtenção de certidões em repartições públicas. Já o artigo 37 estabelece que a administração pública deve obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência — todos claramente violados no caso de Santa Inês.

Além disso, o uso da estrutura pública para beneficiar a candidatura da esposa do prefeito — que já anunciou pretensão de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa — configura abuso de poder político e pode ser enquadrado como campanha antecipada, sujeita à sanção pela Justiça Eleitoral.

Ministério Público e omissão institucional.
Apesar da gravidade das denúncias, até o momento não há registro público de atuação efetiva do Ministério Público do Maranhão sobre o caso específico da emissão de RGs. A omissão institucional diante de um esquema tão escancarado levanta dúvidas sobre a fiscalização e a independência dos órgãos de controle.

Vale lembrar que Felipe dos Pneus já foi alvo de outras investigações. Em 2025, tornou-se réu por chefiar um esquema de desvio de R$ 55 milhões dos cofres públicos, envolvendo fraudes em licitações, peculato e lavagem de dinheiro.

O caso de Santa Inês é um retrato alarmante de como a necessidade básica da população — o acesso a documentos de identidade — pode ser transformada em instrumento de barganha política. A reportagem apurou que o esquema é conhecido por servidores, vereadores e moradores, mas permanece impune. A pergunta que ecoa nas ruas da cidade é: até quando?

Se confirmadas as denúncias, o prefeito e seus aliados poderão enfrentar sanções severas, incluindo perda de mandato, inelegibilidade e até prisão. Mais do que uma crise política, trata-se de uma afronta direta ao Estado de Direito e à dignidade dos cidadãos.


sábado, 20 de setembro de 2025

Reportagem Especial – Santa Inês em Xeque: A Guerra Fratricida entre Felipe dos Pneus e Roberth Bringel



 Um olhar clínico,  político,  analista estratégico, o que se desenha em Santa Inês não é apenas uma disputa pela presidência da Câmara Municipal. É um duelo de sobrevivência entre dois caciques que, outrora aliados, agora se enfrentam como gladiadores em busca do controle absoluto de um império político fragilizado por escândalos, desconfianças e promessas de bastidores.

 O Fim da Aliança e o Início da Guerra

Felipe dos Pneus, o prefeito que ascendeu como símbolo de renovação, e Roberth Bringel, o ex-prefeito que carrega o peso de uma longa ficha corrida de processos e denúncias, já não compartilham o mesmo palanque. O que antes era uma aliança estratégica virou um campo minado onde cada gesto é interpretado como ameaça.

A disputa pela presidência da Câmara é apenas o palco visível de uma guerra subterrânea. Felipe tenta emplacar nomes de sua confiança — Eliane Lira e Maria Rita Bacelar — enquanto desarticula a candidatura de Ademar, visto como cavalo de Troia de Bringel. A ironia? Ademar já jurou fidelidade ao prefeito, mas isso não basta quando o fantasma do ex-gestor ronda os corredores do poder.

 A Câmara como Trono de Espadas

A presidência da Câmara é mais que um cargo: é o centro nervoso da governabilidade. Quem controla a mesa diretora, controla os ritmos da administração, os freios e contrapesos, e — em tempos de investigações e processos judiciais — pode ser o fiel da balança entre a continuidade e a queda.

Felipe dos Pneus, envolvido em denúncias de abuso de poder e uso indevido da máquina pública⁽², sabe que um presidente da Câmara hostil pode acelerar sua derrocada. Já Bringel, com seu sobrinho como vice-prefeito e um histórico de articulações no estado⁽³, joga com a frieza de quem conhece os atalhos do poder.

 Promessas, Cifras e a Política do Toma Lá Dá Cá

Nos bastidores, fala-se em promessas virtuosas — e outras nem tanto. Vereadores são cortejados como peças de xadrez, com ofertas que vão de cargos a cifras. A fidelidade virou moeda, e o voto, mercadoria. O que se vê é um colegiado sedento por benefícios pessoais, enquanto a população assiste, perplexa, à dança das vaidades.

Análise Estratégica: Quem Vencerá?

-Felipe dos Pneus tem a máquina pública, mas enfrenta desgaste político e jurídico. Sua tentativa de blindagem via presidência da Câmara é legítima, mas arriscada.
-Roberth Bringel, mesmo fora do cargo, mantém influência e articulação. Seu jogo é silencioso, mas eficaz — e pode ser letal se conseguir emplacar Ademar ou outro aliado.

A correlação de forças aponta para um impasse. Se Felipe perder a presidência da Câmara, sua gestão pode se tornar refém de um legislativo opositor. Se Bringel vencer, mesmo sem mandato, será o verdadeiro regente da cidade.

 Santa Inês: A Donzela Enclausurada

A metáfora final não poderia ser mais precisa: Santa Inês virou a donzela medieval disputada por dois cavaleiros que, longe de nobres, empunham espadas manchadas por escândalos e ambições. A cidade, acuada, espera por um desfecho — que pode vir em forma de redenção ou ruína.

Quem viver, verá. E quem entender de política, já sabe: nessa guerra, não há inocentes. Apenas sobreviventes.




terça-feira, 16 de setembro de 2025

Felipe dos pneus e Fábio Gentil .Família, Fé e Fraude”: Quando o Crime Vira Tradição Política no Maranhão.



Por trás dos discursos de renovação e promessas de moralidade, o que se desenha no cenário político maranhense é uma verdadeira genealogia da corrupção. O prefeito de Santa Inês, Felipe dos Pneus, e seu declarado “espelho político”, o ex-prefeito de Caxias e atual secretário estadual de Agricultura, Fábio Gentil, protagonizam um roteiro que mistura idolatria, influência e escândalos em série — com direito a sogras, namoradas e familiares como coadjuvantes de luxo em uma rede de desvio de dinheiro público.

 Felipe dos Pneus: De aprendiz a réu-chefe

Eleito em 2020 com discurso de mudança, Felipe dos Pneus não escondeu sua admiração por Fábio Gentil. O que parecia uma inspiração administrativa virou uma espécie de iniciação criminosa. Em 2023, Felipe foi afastado do cargo por decisão judicial no âmbito da Operação Tríade, que revelou um esquema de desvio de R$ 55 milhões dos cofres públicos de Santa Inês⁽¹⁾. A denúncia, aceita pela Justiça, transformou o prefeito e outros 13 envolvidos — incluindo seu pai e irmã — em réus por fraude em licitação, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa

O modus operandi incluía empresas de fachada, contratos superfaturados e servidores comissionados que garantiam a aparência de legalidade. O prefeito, segundo o Ministério Público, era o chefe da quadrilha. E como se não bastasse, articula nos bastidores a candidatura da esposa a deputada estadual, numa tentativa de blindagem política e perpetuação do poder

Fábio Gentil: O mestre da duplicação do modelo

Enquanto Felipe aprendia, Fábio Gentil já colecionava investigações. Alvo da Operação Lei do Retorno, o ex-prefeito de Caxias é acusado de desviar cerca de R$ 50 milhões do Fundeb⁽³⁾⁽⁴⁾. A Polícia Federal aponta que ele e sua namorada, a deputada estadual Daniella Jadão Cunha, foram beneficiários diretos do esquema, que envolvia contratos direcionados, propinas e lavagem de dinheiro.

A PF identificou que o dinheiro apreendido em um carro — R$ 575 mil em espécie — seria entregue a servidores que repassariam os valores a Fábio e Daniella. O veículo estava registrado em nome da mãe da deputada, e o transporte da quantia era feito por seu tio. O pai da parlamentar também teria recebido R$ 170 mil em repasses ilegais.

 Corrupção hereditária: Quando o crime é coisa de família

O que une Felipe e Fábio não é apenas a política — é a institucionalização da corrupção como projeto familiar. Em ambos os casos, familiares diretos estão implicados: pais, irmãs, sogras, namoradas. A deputada Daniella, além de namorada de Fábio, é apontada como peça-chave no esquema. Seu pai, mãe e tio aparecem como beneficiários ou facilitadores das operações ilegais⁽⁵⁾.

No caso de Felipe, sua irmã e pai são réus no processo. E há indícios de que sogras e companheiras também tenham se beneficiado de nomeações e contratos suspeitos⁽¹⁾⁽⁷⁾.
A política como lavanderia

O que se vê é a transformação da política em lavanderia institucional. Licitações viram fachada, cargos públicos viram moeda de troca, e o poder é usado como escudo contra a Justiça. A tentativa de lançar familiares em cargos eletivos é mais do que ambição — é estratégia de sobrevivência.

O Maranhão como laboratório da impunidade

O caso Felipe-Fábio escancara uma verdade incômoda: no Maranhão, o crime político não apenas se repete — ele se herda. A corrupção deixou de ser exceção e virou tradição. E mesmo aqueles que negam envolvimento, como Daniella e Fábio, não conseguem explicar como seus familiares acumulam bens, contratos e cargos sem qualquer transparência.

A Justiça avança, mas lentamente. Enquanto isso, os investigados seguem em cargos públicos, articulando candidaturas e distribuindo favores. A pergunta que fica é: até quando o Maranhão será refém de dinastias políticas que tratam o dinheiro público como herança privada?
Se você achou essa reportagem forte, espere até vermos os desdobramentos judiciais. Porque quando a política vira negócio de família, o povo é quem paga a conta.


segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Santa Inês vive um apagão ético: especialista comenta gestão Felipe dos Pneus e os concursados de 2019.


A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão confirmou, em decisão unânime, que a Prefeitura de Santa Inês violou o direito líquido e certo de candidatos aprovados no concurso público de 2019. A sentença, agora mantida em grau de recurso, determina a nomeação imediata dos aprovados dentro do número de vagas, com multa diária e possibilidade de bloqueio de valores públicos — uma medida extrema, mas necessária diante da postura reiterada de descumprimento por parte da gestão Felipe dos Pneus.

A reportagem do Eco Vozes Maranhão conversou com a jurista   Dra. Helena Costa,  especialista em Direito Público e Administrativo . Ela comenta a recente decisão judicial que obriga a Prefeitura de Santa Inês a nomear aprovados no concurso público de 2019, e faz duras críticas à postura do prefeito Felipe dos Pneus, contextualizando o caso com exemplos reais de desobediência judicial por gestores públicos.

Eco Vozes Maranhão: Dra. Helena, o TJMA confirmou a condenação da Prefeitura de Santa Inês por não nomear concursados. O que essa decisão representa?

Dra. Helena Costa: Representa o óbvio, mas infelizmente o óbvio tem sido constantemente violado. O artigo 37, inciso II da Constituição Federal, estabelece que a investidura em cargo público depende de aprovação prévia em concurso. Quando um gestor ignora isso, ele não está apenas cometendo uma ilegalidade administrativa — está afrontando diretamente o Estado de Direito. A decisão do TJMA é um freio necessário à arbitrariedade, e reforça que o Judiciário não pode ser tolerante com gestões que tratam a lei como sugestão.

Eco Vozes Maranhão: A gestão Felipe dos Pneus alegou dificuldades administrativas e orçamentárias. Isso é justificável?

Dra. Helena Costa: Não é. Essa justificativa é recorrente em gestões que buscam manter o controle político da máquina pública por meio de contratações temporárias e nomeações de aliados. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é clara: dificuldades financeiras não autorizam o descumprimento de decisões judiciais, especialmente quando há direito líquido e certo à nomeação. Vimos isso em casos como o da Prefeitura de São Gonçalo (RJ), que foi multada por não nomear concursados mesmo após decisão transitada em julgado. No Maranhão, tivemos episódios semelhantes em Paço do Lumiar e em Codó. E vale lembrar: essa prática também ocorreu na gestão do ex-prefeito Ribamar Alves, em Santa Inês, que ignorou determinações judiciais relacionadas à nomeação de servidores e enfrentou sanções por isso. O padrão é antigo — e perigoso.

Eco Vozes Maranhão: A senhora acredita que há um padrão de conduta na gestão atual?

Dra. Helena Costa: Sem dúvida. A gestão Felipe dos Pneus está envolta em escândalos, investigações e práticas que indicam aparelhamento da administração. A não nomeação dos concursados é apenas mais um sintoma de um modelo político que privilegia alianças pessoais em detrimento da legalidade. O uso da máquina pública como extensão de um projeto eleitoral é uma violação direta aos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa. Santa Inês vive um apagão ético, onde o interesse público foi substituído por interesses familiares e partidários.

Eco Vozes Maranhão: A decisão prevê multa e bloqueio de contas. Isso é comum?

Dra. Helena Costa: É incomum, mas absolutamente legítimo. O Código de Processo Civil, em seu artigo 536, autoriza medidas coercitivas para garantir o cumprimento de sentença. A multa pessoal ao gestor e o bloqueio de valores públicos são instrumentos que o Judiciário utiliza quando há resistência deliberada. Em 2021, o prefeito de Altamira (PA) teve contas bloqueadas por descumprir ordem judicial de nomeação. No Maranhão, há precedentes semelhantes em Bacabal e Santa Luzia. A Justiça está cada vez mais firme em proteger o cidadão contra gestões que tratam decisões judiciais como meras recomendações.

Eco Vozes Maranhão: Qual o impacto disso para os concursados e para a população?

Dra. Helena Costa: Para os concursados, é a reafirmação de que o mérito deve prevalecer sobre o apadrinhamento. Para a população, é um alerta: a qualidade dos serviços públicos depende de servidores qualificados, não de indicações políticas. E para a democracia, é um lembrete de que ninguém — absolutamente ninguém — está acima da lei. Quando um prefeito ignora decisões judiciais, ele não está apenas desobedecendo o Judiciário. Ele está desrespeitando cada cidadão que acredita na justiça como pilar da convivência republicana.

Eco Vozes Maranhão: O que a senhora diria aos moradores de Santa Inês?

Dra. Helena Costa: Que fiquem atentos, que cobrem, que fiscalizem. A política não pode ser um jogo de bastidores. Ela precisa ser pública, transparente e ética. Santa Inês já enfrentou gestões que ignoraram a lei — como a de Ribamar Alves — e agora vive uma repetição com Felipe dos Pneus. Mas a história não precisa se repetir. A cidadania começa quando o povo exige respeito à legalidade. Santa Inês merece mais do que alianças impuras e gestões improvisadas. Merece respeito, responsabilidade e justiça.

domingo, 7 de setembro de 2025

Governando com o Inimigo: A Volta de Roberth Bringel pelas Mãos do Sobrinho.



Santa Inês, terra de encantos e escândalos, vive mais um episódio digno de novela política — só que sem mocinhos. Enquanto os olhos da população se voltam para as disputas estaduais, nos bastidores do poder municipal se desenha uma trama que mistura parentesco, processos judiciais e uma pitada generosa de oportunismo. O protagonista? Roberth Bringel, ex-prefeito com currículo extenso — não exatamente em gestão pública exemplar, mas em processos por irregularidades.
 O Retorno do Maestro — Agora com Marionete
Fontes próximas ao ex-prefeito revelam que Bringel está em plena articulação para tomar de volta o comando da cidade, desta vez pelas mãos do sobrinho, o atual vice-prefeito Felipe Bringel. O plano é simples, embora nada sutil: substituir o aliado Felipe dos Pneus, atual prefeito, e instalar um governo por procuração. Afinal, se não dá para voltar pela porta da frente, que se entre pela porta da família.
E o timing não poderia ser mais conveniente. Com Felipe dos Pneus atolado em processos — onde figuram também seu pai, irmã e mais onze associados — por formação de quadrilha e danos ao erário, Bringel viu o cavalo selado passar e não pensou duas vezes antes de montar. A jogada, se bem-sucedida, seria um xeque-mate em quem antes acusava sua família e esposa, mas que depois negociou cargos e aluguéis para apaniguados como Thomas Martins. Política em Santa Inês, ao que parece, é feita com memória seletiva e alianças descartáveis.
A Ficha Corrida: Um Prefeito com Débitos e Débitos
O nome de Roberth Bringel não é novidade nos corredores da Justiça. Um dos processos mais emblemáticos é o de número *038.368/2021-8*, julgado pelo *Tribunal de Contas da União (TCU)*, que resultou no *Acórdão 7392/2024* da Primeira Câmara, sob relatoria de Augusto Sherman.
Terminal Rodoviário, Portal de Santa Inês e Lago Remanso: Obras Invisíveis, Dinheiro Evaporado*
O processo trata de uma *Tomada de Contas Especial* instaurada pela *Caixa Econômica Federal*, após a não comprovação da aplicação dos recursos repassados pelo Ministério do Turismo. O contrato previa a reforma do terminal rodoviário, construção do portal da cidade e infraestrutura do Lago Remanso. O que se viu? Ausência de funcionalidade das obras — ou, em bom português, dinheiro público que desapareceu sem deixar rastros concretos.
Bringel foi responsabilizado, junto com José de Ribamar Costa Alves, que assumiu a prefeitura logo após e tentou jogar a conta no CPF do antecessor. A defesa de ambos foi rejeitada, e o resultado foi claro: *contas irregulares*, *débito* e *multa*. O Ministério Público foi representado pelo Subprocurador-Geral Lucas Rocha Furtado, e a auditoria ficou a cargo da AudTCE.
Outros Capítulos da Saga Judicial
A ficha de Bringel inclui ainda ações por *improbidade administrativa*, como a desaprovação das contas de *2006 e 2009* pelo *TCE-MA*. Em uma delas, ele foi acusado de pagar precatórios sem autorização legal e contratar empresa da qual era sócio — uma aula prática de como ignorar o princípio da impessoalidade.
O Tabuleiro Político: Quem Manda, Quem Obedece?
A tentativa de colocar Felipe Bringel no comando levanta suspeitas de que o ex-prefeito esteja tentando governar Santa Inês por controle remoto. A aliança com Felipe dos Pneus parece cada vez mais frágil — e, segundo fontes, só o próprio prefeito ainda acredita que Bringel joga no mesmo time.
Cada conversa do ex-prefeito, cada promessa feita nos bastidores, aproxima Felipe dos Pneus da porta de saída. E não faltam aliados na estrutura administrativa e na Câmara Municipal prontos para empurrar.

sábado, 30 de agosto de 2025

Santa Inês à Mercê do Mosquito: O Desmonte da Vigilância Epidemiologiaca e o Uso Eleitoreiro dos Agentes de Endemias.


A cidade de Santa Inês vive uma crise silenciosa, mas de consequências potencialmente devastadoras. Desde fevereiro deste ano, mais de 20 agentes de endemias foram demitidos em um movimento abrupto e pouco transparente, deixando centenas de domicílios sem cobertura sanitária e escancarando uma gestão marcada por improvisos, interesses eleitorais e negligência com a saúde pública.

A ausência dos agentes, que já vinha sendo sentida há anos por moradores de bairros como Vila Olímpia, Palmeira, Sabbak e outros, tornou-se ainda mais crítica. Entrevistas com residentes revelam que há casas que não recebem visitas há mais de cinco anos. A situação é alarmante: sem a presença desses profissionais, o combate ao mosquito _Aedes aegypti_ — transmissor da dengue, zika e chikungunya e o mosquito flebotomia ou mosquito palha— praticamente desapareceram em diversas regiões. E não só isso: o avanço do calazar, doença grave transmitida por cães infectados, ganha terreno diante da ausência de controle da população canina de rua.

Uma gestão inchada e sem rumo

A máquina administrativa de Santa Inês, segundo denúncias recorrentes, foi inflada com contratações sem concurso ou processo seletivo. Muitos desses agentes de endemias atuavam com salários abaixo do estipulado pela portaria normativa federal, e sua função real, segundo relatos, era servir como cabos eleitorais durante a campanha municipal de 2024.

Em janeiro de 2025, a prefeitura lançou uma campanha midiática de combate ao mosquito_Aedes aegypt , com direito a vídeos nas redes sociais e visitas pontuais em bairros estratégicos. Mas a ação não passou de maquiagem: enquanto a “fumacinha” era exibida online, bairros inteiros continuavam sem cobertura sanitária.

Demissões em massa e silêncio oficial

A situação explodiu quando o Ministério Público exigiu ajustes nos gastos públicos, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal. A resposta da prefeitura foi imediata — e brutal: mais de 20 agentes foram demitidos, muitos deles informados de forma informal, sem aviso prévio ou justificativa oficial. Tentativas de diálogo com a Secretaria de Saúde e o prefeito foram ignoradas.

Enquanto isso, documentos públicos revelam que alguns agentes que não estão enquadrado nos agentes de endemias e sim de zoonoses ainda na ativa recebem acima do teto legal no valor de mais de R$ 7.000,00. O contracheque publicado por este blog mostra valores incompatíveis com a legislação vigente, levantando suspeitas sobre a falta de transparência no portal da prefeitura.

Concurso ou cabide eleitoral?

A prefeitura anunciou a realização de um seletivo para recompor o quadro de agentes. Mas paira a dúvida: será um processo legítimo ou mais uma manobra para acomodar aliados políticos? O prefeito, agora réu em um processo que o acusa de chefiar uma organização criminosa e desviar R$ 55 milhões dos cofres públicos, aposta na eleição de sua esposa como tábua de salvação política — e, quem sabe, jurídica.

A população, por sua vez, segue sem respostas. O Ministério Público deve ser alertado para acompanhar de perto o seletivo, garantindo que os aprovados sejam, de fato, agentes de endemias e não cabos eleitorais disfarçados.

 O risco invisível

Enquanto a política se sobrepõe à saúde, Santa Inês se torna terreno fértil para arboviroses e zoonoses. A ausência dos agentes não é apenas uma falha administrativa — é uma ameaça direta à vida dos moradores. O mosquito não espera por edital, e o calazar não respeita calendário eleitoral.

A pergunta que ecoa pelas ruas da cidade é simples e urgente: onde estão os agentes de endemias? E mais importante: quem vai garantir que eles voltem a proteger Santa Inês — e não apenas a campanha de quem está no poder?

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

RENÚNCIA JÁ, FELIPE DOS PNEUS — QUANDO O CARGO VIRA ESCÂNDALO*



A permanência de Felipe dos Pneus como prefeito de Santa Inês não é mais apenas uma questão política — é uma afronta à ética, à moralidade administrativa e ao povo que o elegeu. Tornado réu por liderar um esquema de desvio de mais de *R$ 55 milhões* dos cofres públicos⁽¹⁾, Felipe está no centro de uma tempestade jurídica que envolve *fraudes em licitações, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro*.

A mais recente operação da Polícia Federal, batizada de _Lei do Retorno_, escancarou o que muitos já suspeitavam: contratos superfaturados, empresas favorecidas, familiares e aliados políticos envolvidos, e até um celular jogado no vaso sanitário na tentativa de ocultar provas⁽²⁾. A Justiça já identificou *pagamentos indevidos, mensagens comprometedoras e articulações diretas do prefeito com empresários e secretários municipais* ⁽³⁾.

Felipe não está sozinho no banco dos réus. Seu pai, irmã, assessores e empresários ligados à sua gestão também enfrentam processos com *provas robustas e argumentos sólidos para condenação*. O cerco se fecha, e o que antes era rumor virou fato jurídico.

Como ensina o jurista Rui Barbosa: _“A pior das corrupções é a corrupção dos melhores.”_ Quando o líder máximo de um município se torna símbolo de escândalo, o cargo deixa de representar a população e passa a representar o constrangimento.

A Constituição Federal, em seu artigo 37, exige dos gestores públicos os princípios da *legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência*. Felipe dos Pneus já violou todos.

A sociedade de Santa Inês precisa entender: *os caminhos são dois*.
🔹 _Afastamento imediato até o julgamento final_
🔹 _Renúncia voluntária antes que o barco afunde de vez_

Felipe, o homem deve saber a hora de desistir. Persistir no cargo é prolongar o sofrimento de uma cidade que já sangra com a violência, a impunidade e agora, o escárnio institucional.

Santa Inês merece respeito.
Santa Inês exige justiça.
Santa Inês pede: *RENÚNCIA JÁ.*

Corregedor do CNJ registra punição máxima para juízes e desembargadores do TJMA( Tribunal de justiça do Maranhão) de até 12 anos.

O recente registro do Corregedor Nacional de Justiça, que estabeleceu parâmetro de até 12 anos de reclusão para desembargadores ...

REVERBERANDO ECO DE VOZES