sábado, 20 de setembro de 2025

Reportagem Especial – Santa Inês em Xeque: A Guerra Fratricida entre Felipe dos Pneus e Roberth Bringel



 Um olhar clínico,  político,  analista estratégico, o que se desenha em Santa Inês não é apenas uma disputa pela presidência da Câmara Municipal. É um duelo de sobrevivência entre dois caciques que, outrora aliados, agora se enfrentam como gladiadores em busca do controle absoluto de um império político fragilizado por escândalos, desconfianças e promessas de bastidores.

 O Fim da Aliança e o Início da Guerra

Felipe dos Pneus, o prefeito que ascendeu como símbolo de renovação, e Roberth Bringel, o ex-prefeito que carrega o peso de uma longa ficha corrida de processos e denúncias, já não compartilham o mesmo palanque. O que antes era uma aliança estratégica virou um campo minado onde cada gesto é interpretado como ameaça.

A disputa pela presidência da Câmara é apenas o palco visível de uma guerra subterrânea. Felipe tenta emplacar nomes de sua confiança — Eliane Lira e Maria Rita Bacelar — enquanto desarticula a candidatura de Ademar, visto como cavalo de Troia de Bringel. A ironia? Ademar já jurou fidelidade ao prefeito, mas isso não basta quando o fantasma do ex-gestor ronda os corredores do poder.

 A Câmara como Trono de Espadas

A presidência da Câmara é mais que um cargo: é o centro nervoso da governabilidade. Quem controla a mesa diretora, controla os ritmos da administração, os freios e contrapesos, e — em tempos de investigações e processos judiciais — pode ser o fiel da balança entre a continuidade e a queda.

Felipe dos Pneus, envolvido em denúncias de abuso de poder e uso indevido da máquina pública⁽², sabe que um presidente da Câmara hostil pode acelerar sua derrocada. Já Bringel, com seu sobrinho como vice-prefeito e um histórico de articulações no estado⁽³, joga com a frieza de quem conhece os atalhos do poder.

 Promessas, Cifras e a Política do Toma Lá Dá Cá

Nos bastidores, fala-se em promessas virtuosas — e outras nem tanto. Vereadores são cortejados como peças de xadrez, com ofertas que vão de cargos a cifras. A fidelidade virou moeda, e o voto, mercadoria. O que se vê é um colegiado sedento por benefícios pessoais, enquanto a população assiste, perplexa, à dança das vaidades.

Análise Estratégica: Quem Vencerá?

-Felipe dos Pneus tem a máquina pública, mas enfrenta desgaste político e jurídico. Sua tentativa de blindagem via presidência da Câmara é legítima, mas arriscada.
-Roberth Bringel, mesmo fora do cargo, mantém influência e articulação. Seu jogo é silencioso, mas eficaz — e pode ser letal se conseguir emplacar Ademar ou outro aliado.

A correlação de forças aponta para um impasse. Se Felipe perder a presidência da Câmara, sua gestão pode se tornar refém de um legislativo opositor. Se Bringel vencer, mesmo sem mandato, será o verdadeiro regente da cidade.

 Santa Inês: A Donzela Enclausurada

A metáfora final não poderia ser mais precisa: Santa Inês virou a donzela medieval disputada por dois cavaleiros que, longe de nobres, empunham espadas manchadas por escândalos e ambições. A cidade, acuada, espera por um desfecho — que pode vir em forma de redenção ou ruína.

Quem viver, verá. E quem entender de política, já sabe: nessa guerra, não há inocentes. Apenas sobreviventes.




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