Santa Inês, Maranhão, respira um ar denso de decepção. A gestão do prefeito Felipe dos Pneus, reeleito em meio a denúncias de irregularidades – conforme reportagens do O Imparcial e G1 Maranhão – transforma-se em um caldeirão de promessas quebradas e alianças traídas. A retórica da campanha, que ecoava a promessa de um futuro melhor, agora soa como um insulto aos ouvidos dos que o apoiaram.
A realidade em Santa Inês é marcada por uma gestão que parece operar sob a lógica perversa de "ganhe com os amigos, governe com os inimigos". Aliados leais, que dedicaram tempo e esforço à campanha, são descartados como peças usadas, substituídos por antigos adversários políticos. O caso de "Xara da Barrerinha", militante da deputada Solange Almeida, ilustra a crueldade dessa prática. Seus relatos de "assédio", ou a possível revelação de antigas máscaras, lançam uma sombra sinistra sobre a administração municipal.
A nomeação de um antigo crítico para a Diretoria de Limpeza, por exemplo, é um tapa na cara daqueles que confiaram em Felipe dos Pneus. A pergunta que ecoa pelas ruas de Santa Inês não é apenas sobre a competência dos novos contratados, mas sobre a verdadeira motivação por trás dessas escolhas. A resposta, infelizmente, parece ser a consolidação do poder a qualquer custo, mesmo que isso signifique pisotear a lealdade e a confiança depositadas.
A situação dos funcionários municipais é ainda mais preocupante. A diminuição de salários e o não cumprimento dos acordos firmados em campanha geram um clima de insegurança e revolta. A promessa de uma gestão eficiente e justa se desfaz diante da realidade de uma administração que parece priorizar a manutenção do poder acima de qualquer outro princípio. Em Santa Inês, a decepção se espalha como um vírus, contaminando a esperança de um futuro melhor e deixando um rastro de amargura e desconfiança. A pergunta que fica no ar é: qual o preço da fidelidade em tempos de "governo dos pneus furados"?
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