Estamos em plena Semana Santa, um período marcado por reflexão, arrependimento e penitência. Mas, em meio a toda essa introspecção, também há uma expectativa crescente. Em diversos municípios, a distribuição de peixes, iguaria principal desta época, já se tornou tradição. Entretanto, o peixe que alimenta nossas mesas durante a Semana Santa tem desencadeado uma série de questionamentos.
Nos últimos dois anos, além do tradicionalhttps://ecovozesmaranhao.blogspot.com/2024/03/peixes-de-ouro-intrigante-saga-da.html, a prefeitura adquiriu algumas toneladas de pescada amarela - algo em torno de 8 toneladas e 900 quilos no valor de R$ 400.500,00, para ser mais preciso. A pergunta que paira no ar é: quem foram os felizardos que receberam tão nobre doação?
Este ano, a previsão é de que sejam distribuídas cerca de 80 mil unidades de tambaqui, pesando, em média, um quilo e meio cada um. Isso totaliza aproximadamente 120 toneladas de peixe no valor de R$ 1.171.200,00. Mas, e a pescada amarela? Para onde foi? Para onde vai?
É intrigante como, em meio a um tempo de penitência e reflexão, alguns gestores parecem não se arrepender de suas traquinagens. A seletividade na entrega dos peixes faz com que a população se questione sobre o slogan irônico: "Tempo de Crescer". Seria, na verdade, "Tempo de Sofrer"?
A distribuição de peixes, que deveria ser um ato de solidariedade e generosidade, transformou-se em um palco de dúvidas e incertezas. Afinal, quem tem direito à pescada amarela e quem tem direito ao tambaqui? A resposta para essa pergunta é tão escorregadia quanto um peixe vivo. Mas, ao que tudo indica, a resposta não está no fundo do mar, mas sim no fundo de uma questão muito mais profunda e complexa.
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